sexta-feira, 25 de junho de 2010

ORSSE presente no 41º Festival de Inverno em Campos do Jordão


Se existe algo que distingue a realidade do sonho, são os passos firmes em direção ao futuro. A Orquestra Sinfônica de Sergipe realiza um evento de grande magnitude e mantém sua condição de promissora orquestra brasileira. Dessa vez, em companhia do violinista Daniel Guedes, ela participa do 41° Festival Internacional de Campos do Jordão interpretando a peça Tocatta Amazônica, do brasileiro Dimitri Cervo e a Sinfonia n.3, a Renana de Schumann.
A première deste programa você confere no Teatro Tobias Barreto na quinta-feira, dia 1º de julho de 2010, às 20h30. Seguidamente a ORSSE e sua equipe embarcam para o frio da serra paulistana na Praça do Capivari em Campos do Jordão no domingo dia 04 de julho d 2010, às 16h30. Um fim de tarde de inverno que será memorável na história da música sergipana.

Sobre o Convite:
Após o fenomenal sucesso da Turnê Brasil em 2009, quando a orquestra tocou nas principais salas de concerto do país e foi ovacionada e admirada por todos que presenciaram a garra e a disciplina que permeia a música feita pela ORSSE. Dessa feita em uma única apresentação na cidade de Campos do Jordão, levar-se-á uma representação fidedigna do grupo, coroando intensos trabalhos realizados ao longo desses quatro anos de temporadas e conquistas indescritíveis para o conjunto e seus apoiadores e mantenedores. A cultura sergipana estará representada no mais importante festival de música da América Latina. A ORSSE é a segunda orquestra do Nordeste a participar do festival, feito alcançado apenas pela Orquesra Sinfônica da Paraíba, na década de 80 com o Mt. Eleazar de Carvalho. 

O concerto no Festival Internacional de Campos do Jordão adquire significado importante na divulgação da nossa política cultural e do incentivo que o Governo tem dado aos músicos que compõem a ORSSE, através dos investimentos realizados pelo Instituto Banese e da Secretaria de Estado da Cultura, tornou-se destaque esta ousada orquestra que leva o nome de Sergipe para os meios mais importantes da cena cultural do país, mostrando que aqui também se desenvolve uma música de qualidade com responsabilidade e determinação.

Sobre o Festival:
Em 1970, o Festival começava a sua história com três importantes maestros: Eleazar de Carvalho, Camargo Guarnieri e Souza Lima. O modelo foi inspirado no Festival de Tanglewood, nos Estados Unidos, o qual o maestro Eleazar de Carvalho também foi diretor e professor. Seu reconhecimento internacional, além de contribuir para o turismo na cidade serrana de Campos do Jordão, trouxe a oportunidade para diversos estudantes de música de se apresentarem ao lado de grandes artistas internacionais e terem aulas com os melhores professores europeus, americanos e sul-americanos, incluindo-se aqui os nossos brasileiros.

Sobre a Apresentação:
Para um evento de grande porte como esse, a ORSSE terá o violinista Daniel Guedes tocando duas peças: o Romance para Violino em Fá menor, Op. 11 e Antonín DVOŘÁK (1841-1904) e as Árias Ciganas, Op. 20 de Pablo de SARASATE (1844-1908). Ainda na celebração do bicentenário do alemão Robert SCHUMANN, a orquestra tocará a Sinfonia n.3 em mi bemol maior, Op 7, "Renana" considerada uma das mais importantes do compositor.

A estreia mundial da Toccata Amazônica, ou seja, pela primeira vez no mundo uma orquestra completa, terá as honras de interpretar essa peça, a qual só havia sido executada com formações musicais menores. Segundo o  seu compositor, o gaúcho Dimitri Cervo, ela “é a mais processual das obras da Série Brasil 2000, revelando influências do Minimalismo e da rítmica brasileira. A peça é dividida em três grandes seções. Na primeira os temas da peça são pouco a pouco introduzidos, sempre de forma gradual e através de repetições variadas. Na segunda seção, o piano toma a cena, metamorfoseando, dando novas luzes e expressividade aos temas apresentados na primeira seção. Na terceira seção, piano e orquestra se juntam para dar uma dimensão grandiosa aos temas, conduzindo a obra para uma impactante resolução. O título explica-se dessa forma: “Toccata”, pelo fato da obra se articular através de um pulso rítmico constante, que é propulsor do discurso musical. “Amazônica”, pelo fato da obra ser algo exuberante, em inventividade rítmica, orquestração e impacto artístico”, explica o compositor.

O Maestro Guilherme Mannis se emociona ao lembrar da 1ª ida da ORSSE à São Paulo, no Teatro do SESI, em plena Av. Paulista, "uma sala lotada com muitas pessoas de pé e a presença ilustre do gov. Marcelo Déda e tantos outros secretários que presenciaram aquele momento histórico. Não desconfiávamos o quanto essa oportunidade ajudaria no futuro. De lá para cá, só tivemos belas apresentações fora do nosso estado natal e todas com elogios da crítica especializada, unânimes nas suas declarações de que, a ORSSE tem um futuro brilhante e possui enorme potencial profissional, com muita gente jovem e cheia de energia. Podemos desenvolver repertórios nunca antes sonhados pelos sergipanos. Procuramos sempre escolher o melhor do repertório musical para Sergipe e isso se repetirá em Campos do Jordão, faremos bonito.", declara o Mt Guilherme Mannis.


SERVIÇO

Orquestra Sinfônica de Sergipe – Temporada 2010
Teatro Tobias Barreto
Praça do Capivari, Campos do Jordão, São Paulo, 41° Festival de Inverno.
GUILHERME Mannis, regente
DANIEL GUEDES, violino
Quinta-feira, 01 de julho de 2010, 20:30 (Aracaju)
Domingo, 04 de julho de 2010, 16:00      (Campos do Jordão)

Ingressos: R$10 (inteira), R$5 (meia)
Realização: Secretaria de Estado da Cultura/Governo de Sergipe
Patrocínio: Instituto Banese
Informações e cortesias: (79) 3179-1491/1480

Programa:

DIMITRI CERVO (1968)
Toccata amazônica

A. DVOŘÁK
Romance para violino e orquestra em fá menor, Op. 11

P. DE SARASATE (1844-1908)
Árias ciganas, Op. 20

R. SCHUMANN (1810-1856)
Sinfonia n.3 em mi bemol maior, Op. 7, "Renana" 
        I.Lebhaft  
       II.Scherzo: sehr mäßig 
      III.Nicht schnell 
      IV.Feierlich 
       V.Lebhaft