Um maestro convidado exerce na orquestra visitada uma expectativa positiva. Tem o objetivo de propiciar a troca de experiências musicais e revitalizar a música produzida no cotidiano da orquestra. Cada regente costuma ter seu próprio modo de expressar uma obra, seus gestos e técnicas mudam conforme a resposta dos músicos e é preciso acontecer uma adaptação mútua para que a música aconteça. Talento e desenvoltura são exigidos para quem pretende se encontrar com orquestras diferentes ao longo da carreira. O nome Roberto Tibiriçá figura entre as personalidades da regência que mais se destacam atualmente, é um ícone à brasileira. Tem feito um excelente trabalho comandando os meninos da exemplar Sinfônica de Heliópolis do Instituto Bacarelli, e no momento é regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Gilberto Tinetti ocupa lugar de especial destaque no panorama musical brasileiro: pianista de grande personalidade e reconhecidos méritos, sua carreira multifacetada vem se desenvolvendo através de mais de quatro décadas de trabalho intenso e continuado. Nasceu em 1932, em São Paulo, onde iniciou seus estudos com a professora Josephina De Felice, passando a seguir a ser aluno do Prof.Hans Bruch. Mais tarde, já em Paris, estudou com Magdalena Tagliaferro e na Alemanha, com Friedrich Wührer. Frequentou os cursos de interpretação de Alfred Cortot.
Em 1959, venceu o Concurso da Academia Internacional de Verão do Mozarteum de Salzburgo, Áustria. Desde então, tem se apresentado em vários países da Europa, América Latina e Estados Unidos. Realizou a primeira audição em Paris, do Concerto no.4 para piano e orquestra de Villa-Lobos (1970) e foi convidado para júri do Concurso de Música do Canadá (1977 e 1987).
No Brasil, apresenta-se regularmente como solista das principais orquestras, como recitalista e em concertos de música de câmara, tendo sido considerado pela crítica como um dos melhores cameristas brasileiros
A ORSSE executará a abertura da Ópera Fosca de Carlos Gomes, a Sinfonia n° 4 em Si Bemol maior de Beethoven e o Concerto para Piano em Sol Maior do compositor francês Maurice Ravel, composto entre 1929-1931. Depois de sua turnê como pianista, que foi bem recebida na América, Ravel queria ele mesmo estrear este novo trabalho. No entanto, os problemas de saúde impediram essa possibilidade. Em vez disso, Marguerite Long - que era conhecida por suas interpretações das obras de Gabriel Fauré e Claude Debussy e já havia solicitado anteriormente a Ravel um novo trabalho. Mais tarde, ela mesma viria a estrear o concerto em 1932 sob regência do compositor, que acabou por dedicar a partitura à pianista.
O concerto foi fortemente influenciado pelo jazz, que, na época, era muito popular em Paris, bem como nos Estados Unidos, onde Ravel estava viajando. Ravel ficou impressionado com a música que ele encontrou quando viajam na E.U.A. e, portanto, o concerto está profundamente impregnado de expressões idiomáticas do jazz bem como suas harmonias.
Com preços acessíveis, os ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro Tobias Barreto.
Orquestra Sinfônica de Sergipe – Temporada 2010
Teatro Tobias Barreto
ROBERTO TIBIRIÇÁ, regente convidado
GILBERTO TINETTI, piano
Quinta-feira, 22 de julho de 2010, 20h30
Ingressos: R$10 (inteira), R$5 (meia)
Realização: Secretaria de Estado da Cultura/Governo de Sergipe
Patrocínio: Instituto Banese
Informações e cortesias: (79) 3179-1491/1496
sinfonica@cultura.se.gov.br
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