No mês da Sergipanidade, a Orquestra Sinfônica de Sergipe dedicará
um concerto à memória
de um dos maiores vultos da nossa terra, o intelectual TobiasBarreto de Menezes. No dia 05 de julho, quinta-feira, às
20h30, no palco do teatro Tobias Barreto, será apresentado um
concerto comemorativo à Emancipação Política de Sergipe. A noite
será de homenagens e participações muito especiais: sob a regência do
maestro Guilherme Mannis será realizada estreia mundial da obra
encomendada pela ORSSE ao compositor Cláudio de Freitas,
"Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto", interpretada pelo baixo paulista
Carlos Eduardo Marcos. Na segunda parte do concerto, o
presente ao público será muito especial: o renomado pianista RicardoCastro executará o Concerto para Piano e Orquestra n. 2, do compositor
alemão Johannes Brahms.
Tobias Barreto foi, por essência, um germanista. Homem de muitas lutas, pela
igualdade social e racial, foi já homenageado pela ORSSE com a execução de
repertório alusivo à sua produção intelectual, e agora será abordado
através de sua produção literária. Segundo o maestro Guilherme
Mannis, diretor da ORSSE, “Tocar Brahms e musicar os poemas de Tobias
consiste na exaltação à memória desse célebre sergipano para os
seus conterrâneos. Sergipe é um reduto de infindáveis
talentos.” Em noite de homenagens, igualmente será lembrada a memória
do historiador e pesquisador Luiz Antônio Barreto, criador do
Instituto Tobias Barreto e que, em vida, foi um grande defensor dos vultos
sergipanos na cultura do seu povo.
Mantida pela Secretaria de Estado da Cultura, patrocinada pelo
Banese e Instituto Banese
e apoiada por diversos segmentos da sociedade, a Orquestra Sinfônica
de Sergipe vem se destacando e cumprindo seu papel na formação de um
público cada vez mais exigente e na execução das obras escolhidas.
Assistir a ORSSE e seus convidados já faz parte do calendário cultural
da capital e do interior, em qualquer época do ano.
As “Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto” foram concebidas pelo compositor e fagotista Cláudio de Freitas exclusivamente para a ORSSE. A peça foi composta a partir de quatro poemas contidos no livro Dias e Noites (1893). O compositor escolhe a poesia patriótica “Cena Sergipana” como o primeiro quadro da obra, seguida das amorosas “Penso em Ti” e “Que Mimo!...”, intercaladas pela filosófica “O Gênio da Humanidade”. São transpostas para a partitura as minúcias e particularidades do ritmo, prosódia, rima e acentuação dos versos do poeta, assim como suas constantes metáforas e referências aos animais e aos fenômenos da natureza, e da sua representação do amor pueril e nem tanto mais idealizado, num caráter melódica e harmonicamente mais maduro, meditativo e contemplativo. Já o "Concerto para piano n. 2 de Brahms" foi por sua vez composto em momento de desolação do maestro, que, após a morte de Schumann, tentou se aproximar da viúva, a pianista Clara Schumann. Esta, sempre fiel ao amor que sentia, não demonstrou interesse por Brahms. Desolado, concebeu essa obra como um último clamor à paixão e ao amor não correspondidos por Clara.
As “Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto” foram concebidas pelo compositor e fagotista Cláudio de Freitas exclusivamente para a ORSSE. A peça foi composta a partir de quatro poemas contidos no livro Dias e Noites (1893). O compositor escolhe a poesia patriótica “Cena Sergipana” como o primeiro quadro da obra, seguida das amorosas “Penso em Ti” e “Que Mimo!...”, intercaladas pela filosófica “O Gênio da Humanidade”. São transpostas para a partitura as minúcias e particularidades do ritmo, prosódia, rima e acentuação dos versos do poeta, assim como suas constantes metáforas e referências aos animais e aos fenômenos da natureza, e da sua representação do amor pueril e nem tanto mais idealizado, num caráter melódica e harmonicamente mais maduro, meditativo e contemplativo. Já o "Concerto para piano n. 2 de Brahms" foi por sua vez composto em momento de desolação do maestro, que, após a morte de Schumann, tentou se aproximar da viúva, a pianista Clara Schumann. Esta, sempre fiel ao amor que sentia, não demonstrou interesse por Brahms. Desolado, concebeu essa obra como um último clamor à paixão e ao amor não correspondidos por Clara.
Programa
Orquestra Sinfônica de Sergipe
"CAJUEIROS IV"
Quinta-feira, 5 de julho de 2012, 20h30
Teatro Tobias Barreto
Guilherme Mannis, regente
Carlos Eduardo Marcos, baixo
Ricardo Castro, piano
Cláudio de FREITAS
Quatro canções
sobre poemas de Tobias Barreto
I - Cena Sergipana (1857)
II - Penso em ti (1865)
III - O Gênio da Humanidade (1866)
IV - Que Mimo!... (1874)
Johannes BRAHMS
Ingressos: R$20 (inteira), R$10,00 (meia)
Disponíveis na Bilheteria do Teatro Tobias Barreto.
Informações: (79) 3179-1480/3179-1496
Realização: Governo de Sergipe - Secretaria de Estado da Cultura
Patrocínio: Banese e Instituto Banese
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